As verminoses são um dos problemas mais comuns encontrados em cães de todas as idades. Os cães podem ser afetados logo após o nascimento através da mãe, ou ao longo de sua vida e os sintomas irão variar de acordo com a idade do animal, tipo de parasita e a quantidade do parasita presente no organismo.
Os sintomas mais comuns apresentados pelos animais afetados são: falta de apetite, retardo no crescimento dos filhotes, perda de peso, fraqueza, aumento de volume e dor abdominal, pelos opacos e eriçados, comprometimento no aproveitamento dos nutrientes, diarreia, vômito, anemia, reações alérgicas e, nos casos mais severos, a morte.
Vermes intestinais de cães são zoonoses, representam riscos para os animais e para o homem, sendo uma questão de saúde pública. Podem causar em humanos desde infecções intestinais, até a migração dos vermes entre órgãos como a pele, os olhos (pode causar cegueira), coração, fígado, pulmões e sistema nervoso central. Os danos que estas infecções causam podem ser permanentes.
Estudos epidemiológicos revelam altas taxas de prevalência, principalmente em filhotes, inclusive animais domiciliados e bem tratados. Entre os humanos, as crianças são mais susceptíveis às infecções graças aos seus hábitos e contato próximo ao cão, como levar a mão a boca e brincar no chão. A desverminação dos cães é, portanto, uma importante medida de prevenção dessas doenças, protegendo os animais e o homem.
Uma dúvida muito comum de proprietários e médicos veterinários é sobre a frequência ideal para desverminação em cães. Isso acontece porque não existe uma regra única que se aplique para todos os casos, já que o nível e o tipo de infecção vão variar de acordo com as condições do ambiente e do animal, porém o CDC – Centro de Controle e Prevenção de Doenças (tradução em português) é uma agência do Departamento de Saúde dos Estados Unidos, que conduz e apoia atividades de promoção, prevenção e preparação para a saúde, desenvolveu o seguinte protocolo com o objetivo de melhorar a saúde pública em geral:
Tratamento preventivo
Para uma prevenção eficaz da disseminação dos vermes intestinais, o tratamento deve focar os animais filhotes, pois eles abrigam a maioria dos vermes e contaminam muito facilmente o ambiente, formando um círculo vicioso difícil de controlar.
Filhotes: O ideal é começar o tratamento o quanto antes, entre a segunda e a terceira semanas de vida. Depois, o tratamento ser repetido a cada 2 semanas até a 8ª semana, podendo ser prolongado até a 12ª semana para eliminar infecções patentes ou em locais de alta infestação ambiental.
Fêmea: A mãe lactante deve ser tratada também, concomitantemente aos filhotes, já que alguns parasitas podem ser transmitidos via lactação. Para a fêmea gestante, é necessário um tratamento profilático na cobertura (caso seja possível), e no terço final da gestação.
Adulto: Cães adultos devem ser monitorados 2 vezes ao ano através de exames parasitológicos de fezes. No caso de infecção, o tratamento deve ser feito em dose única com ao menos um reforço após 15 a 21 dias.
Imagem: GaúchaZH